Veja seis fatos que denunciam a crueldade animal dos zoológicos

Redação ANDA – Agência de Notícias de Direitos Animais

Apesar de ser cada vez mais evidente para as pessoas que manter animais selvagens em cativeiro é cruel e perigoso, os zoológicos continuam existindo. Isso ocorre porque eles disseminam informações falsas sobre a sua suposta utilidade e fazem com que as pessoas acreditem que são lugares divertidos e educativos para visitar.

Em vez de se preocuparem com os direitos animais, os zoológicos os exploram e maltratam para obter lucro. Por isso, visitá-los contribui para a manutenção destes abusos. Veja uma série de fatos, selecionados pelo One Green Planet, sobre o cativeiro de animais nestas instalações.

Manter animais em cativeiro não ajuda a conservar suas espécies

O Zoológico de Columbus, em Ohio mantém os ursos polares em cativeiro e até mesmo admite em seu site que a população desta espécie está em declínio, com apenas 20 mil ursos na natureza.

No entanto, o zoológico continua exibindo esses animais em extinção para gerar lucro, sem fazer nada para ajudar os animais que permanecem no estado selvagem.

Quando zoológicos tentam se envolver em trabalhos de conservação, por meio de programas de melhoramento genético, por exemplo, isso frequentemente é mal sucedido por causa das más condições e do estresse do cativeiro.

Manter animais em cativeiro prejudica seu bem-estar mental
Animais cativos em zoos exibem sinais de sofrimento neurológico. Eles mostram comportamentos estereotipados, ou seja, movimentos ou atos obsessivos repetitivos que incluem balançar a cabeça, andar para frente e para trás e até automutilação, bem como a preparação excessiva e coprofagia (consumo de excrementos).

Essas características se desenvolvem em animais que vivem em condições não naturais e são sintomas do cativeiro e um mecanismo de enfrentamento para lidar com o estresse e a angústia do confinamento. Este comportamento perturbador é tão comum que recebeu o nome de zoochosis.

Animais não podem prosperar em um clima inadequado para sua espécie

Ativistas indianos protestaram recentemente contra a decisão do zoológico de Mumbai de adquirir oito pinguins de Humboldt. Estes animais são vivem na costa ao longo da América do Sul, onde as correntes frias fluem da Antártida. Apesar da oposição pública, os pinguins foram levados para o zoológico Byculla, uma área quente e poluída.

Por causa do completo contraste entre o ambiente natural dos pinguins de Humboldt e do clima sufocante da cidade indiana, os animais terão de viver suas vidas inteiras dentro de um recinto com temperatura controlada. Eles serão infelizes e deprimidos e, pior ainda, o espaço com ar condicionado também pode ameaçar a sua saúde e sobrevivência.

O cativeiro mata
Além de condições climáticas inadequadas, as configurações impróprias em que os animais selvagens em cativeiro são mantidos e o estresse resultam em mortes precoces. Os elefantes jovens, em particular, sofrem de uma elevada taxa de mortalidade em cativeiro.
No ano passado, dois elefantes asiáticos do sexo masculino, Rama e Tusko, morreram com 31 anos e 45 anos, respectivamente, no Zoológico de Oregon – particularmente conhecido por mortes prematuras de animais. Porém, elefantes asiáticos em estado selvagem vivem normalmente até 70 anos.

Zoológicos destroem laços familiares

Os zoológicos não apenas matam animais saudáveis “para aumentar o espaço”, tiram os animais jovens de suas mães, destruindo famílias e mantendo os indivíduos em regime de isolamento. Os animais são tão afetados pelo cativeiro que são incapazes de exibir comportamentos naturais e cuidar adequadamente de seus filhotes.

Nora é um filhote de urso polar nascido recentemente no Zoológico de Columbus, em Ohio. Além de ter que passar seus dias em cativeiro para entretenimento humano, torna-se mais triste ainda o fato de sua mãe Aurora tê-la rejeitado devido à angústia do confinamento.

Isso ocorre porque o cativeiro distorce o comportamento dos animais selvagens que não têm a oportunidade de aprender com os membros da família e animais alojados individualmente sabem como cuidar de sua prole.

Zoológicos não nos ensinam nenhuma lição que valha a pena aprender
Ver animais enjaulados não nos ensina nada sobre os seus comportamentos naturais e as ameaças que enfrentam na natureza, muito menos ajuda a conservar as espécies.

Conforme a diretora executiva do Centro Kimmela de Defesa Animal (KCAA) Lori Marino explica: “não há nenhuma evidência atual de estudos que apoiem o argumento de que monitorar animais em cativeiro é educativo ou promove a conservação em qualquer sentido”.