Macaco Bugio é devolvido a habitat em parque de Macaé (RJ)
Macaco bugio é devolvido à natureza (Foto: Juranir Badaró / Ascom Macaé)
Um macaco bugio foi libertado na manhã desta terça-feira (10) em seu habitat, no Parque Atalaia, em Macaé, no interior do Rio. Ele estava em cativeiro desde que foi recolhido por agentes da Secretaria de Ambiente, no Areal Severina, que fica perto da Termoelétrica Rio Macaé, em dezembro do ano passado.
Quando foi apanhado, tinha ferimento grave na cauda, o que pode ter sido causado por briga entre bugios. Ele foi cuidado no Hospital Veterinário da Faculdade Estácio de Sá, em Vargem Grande, onde precisou ser submetido à amputação da cauda. Durante o tempo em que esteve no cativeiro do Parque Atalaia, foi alimentado com folhas de imbaúba e frutos naturais para não perder o instinto selvagem.
Segundo o coordenador do Parque Atalaia, o biólogo Alexandre Bezerra, a grande quantidade de animais silvestres encontrados em Macaé deve-se ao fato de a região não possuir faixas florestadas entre as reservas e os fragmentos florestais. “Aqui, na região, a caça predatória e as queimadas influenciam o aparecimento desses animais “, disse.
Paca, bicho-preguiça, gambá, tamanduá e o raríssimo Jupará, além do bugio, coruja murucututu, tucanos e papagaios são exemplos de animais silvestres que já passaram pelos viveiros do Parque Atalaia. Os dois viveiros têm oito metros quadrados cada.
De acordo com o zoólogo da Secretaria de Ambiente, o biólogo Henrique Charles, esses animais são apreendidos pela Guarda Ambiental ou entregues voluntariamente pela população. “O projeto é transformar o Parque Atalaia em referência na soltura de preguiça de coleira, tamanduá colete, papagaio chauá, pássaros silvestres, cobra, jiboia e macaco bugio, com prioridade aos animais em extinção”, contou.
Macaco Bugio
O bugio (também conhecido por guariba ou barbado) está entre os maiores primatas neotropicais, com comprimento de 30 a 75 centímetros. Sua pelagem varia de tons ruivos e castanho. No caso da subespécie Alouatta guariba clamitans, os machos são vermelho-alaranjados e as fêmeas e jovens são castanho escuros.
Fonte: G1
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