Assassinos em série

Por Helena Barradas Sá (da Redação)

Quando estão na rua, os cães têm o costume de cheirar – ou lamber ou mesmo comer – as substâncias que chamam a sua atenção pelo cheiro. É comum utilizar comida para disfarçar o cheiro e o sabor do veneno. Por isso, é prudente evitar que o cachorro coma restos de comida da rua. Há venenos, como a estricnina, que podem levar o cão à morte com apenas uma pequena quantidade da substância. As informações são do Diário El Acontecer.

Quase todas as crianças passam por uma etapa de “crueldade inocente”, em que podem machucar insetos ou outros pequenos animais no processo de exploração do mundo e descoberta de suas habilidades.

No entanto, a maioria das crianças, quando orientadas corretamente por seus pais e professores, tornam-se sensíveis ao fato de que os animais também sofrem.

Alguns, todavia, parecem manter esse padrão de crueldade que pode estender-se por toda a vida. Em Durazno, Uruguai, o perfil psicológico do envenenador de animais segue o padrão das estatísticas, mas com algumas particularidades.

Há uma grande probabilidade de ser do sexo masculino, entre 40 e 60 anos. Não têm família ou não mantém contato com ela. É quieto, não tem relações sociais com a comunidade ou, ainda, pode ter uma condição financeira diferente da que tem a sociedade em seu entorno. Não se relaciona com seus vizinhos, ainda que não os evite diretamente. Seu poder aquisitivo é médio; é introvertido e territorialista. Costuma ter alguns pequenos conflitos com seus vizinhos, mas não expressa violência. É provável que tenha trabalhado em fazendas e que conheça alguns venenos utilizados nesses locais para matar raposas.

Esse tipo de assassino gosta de matar, e o pior é que alguns deles usam estricnina. Qualquer que seja o veneno, o potencial letal contra o ser humano é muito alto.

Todos sabem que os cachorros, especialmente, são os animais domesticados preferidos das crianças. Se não houver uma legislação adequada, os assassinos de animais logo se transformarão em assassinos de pessoas.

Há outra faixa etária que deve ser considerada ao traçar o perfil. Rapazes entre 18 e 30 anos, cujos delitos são impedidos (compra e venda de drogas altamente perigosas, como a cocaína), acreditam, às vezes, que os cachorros os incomodam e, até certo ponto, os denunciam.

Há alguns dias, uma ligação anônima revelou que algumas das pessoas que estiveram na área à época da morte dos cachorros envenenados coincidentemente voltaram a aparecer por lá.

Quando isso aconteceu, fizemos o que nos cabia. Não podemos denunciar uma ligação anônima, mas é nosso dever, como cidadão, advertir as outras famílias e orientá-las, especialmente as muitas que têm filhos e animais, no sentido de que devem denunciar qualquer irregularidade que seja notada.

Os assassinos em série estão soltos e, como qualquer outro, têm um padrão de conduta que pode ser identificado.

Alguns dados sobre os maus-tratos contra animais

- Cerca de 21% daqueles que maltratam os animais também praticam violência doméstica.

- 71% das mulheres espancadas relatam também espancamento contra seus animais.

- 75% dos incidentes acontecem na frente das crianças.

- 70% dos que abusam de animais cometem, mais tarde, outro episódio criminal.

- 61,5% dos que abusam de animais já cometeram pelo menos um assalto.

- 17% dessas pessoas também cometeram abuso sexual.