Sociedade Uberabense de Proteção aos Animais é vistoriada

A Sociedade Uberabense de Proteção aos Animais (Supra) foi vistoriada nesta terça-feira (9) por representantes da Vigilância Sanitária, Secretaria de Meio Ambiente e Departamento de Controle de Zoonoses. A visita atende a um pedido da promotoria de saúde que quer saber as condições da entidade.

Atualmente mais de 350 cães são abrigados no local. Segundo a presidente da Supra, Denise Max, a superlotação é apenas um dos problemas da entidade. “Falta estrutura física, ajuda financeira. Nós precisamos de mais 40 baias, de ambulatório, canis para filhotes e de, pelo menos, seis funcionários”, explicou.

De acordo o analista em fiscalização veterinária da Vigilância Sanitária, João Batista, foram vistoriadas as condições físicas do abrigo, alimentação e estrutura. “Fizemos fotos e vamos fazer um relatório futuramente e repassar ao Ministério Público o nosso laudo sobre o que foi feito e o que necessita ser feito aqui”, acrescentou, em entrevista ao G1.

Entenda o caso

A Sociedade Uberabense de Proteção de Animais (Supra) em Uberaba, no Triângulo Mineiro, enfrenta dificuldades. Atualmente a instituição conta com quase 400 animais e as condições não estão adequadas por falta de dinheiro e apoio.

Segundo a presidente da Supra, Denise Max, os animais doentes foram isolados e não há necessidade de separação, pois todos os animais são castrados. Ela explica que eles são monitorados durante 24h. ” Às vezes sai brigas entre um e outro e por isso eu durmo e moro aqui para vigiá-los. A casa que seria para mim, eu dei aos animais para eles não tomarem chuva, pois na Supra não temos mais espaço edificado para todos”, afirmou.

As condições de funcionamento da Supra têm sido alvo de reclamação desde 2010, quando a organização não-governamental ainda funcionava em outro lugar. O novo terreno foi doado pela Prefeitura quando um incentivo de R$ 25 mil também foi repassado para começar a construção da nova sede. O assunto foi tema de uma reunião no Ministério Público (MP) com representantes do Centro de Controle de Zoonoses, Vigilância Sanitária e Secretaria de Meio Ambiente.

“Os animais não são separados, não existe abrigos suficientes para eles, o resíduo produzido pelos animais tem destinação incorreta e a Secretaria de Meio Ambiente também irá fazer inspeção”, ressaltou Cláudia Marques, promotora de Justiça de defesa da saúde.

Segundo o G1, o diretor do Zoonoses, Antônio Carlos Barbosa, afirma que a presidente da Supra será orientada quanto as medidas a serem tomadas para regularizar o local. “O espaço da Supra é grande e se a Denise tiver condições de se adequar, ela vai tocar a entidade normalmente”, afirmou.