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26 de Abril de 2024
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    Ação combate maus-tratos a animais de tração em Ananindeua

    Condutores de carroças que utilizam a tração animal para fazer transportes nos bairros de Águas Lindas, Águas Brancas e Aurá, em Ananindeua, região metropolitana de Belém, passam nesta sexta-feira (5), por um treinamento no conjunto Júlia Seffer, durante a "Ação do Cavalo de Tração". A ação, uma realização da Universidade Federal Rural do Pará (Ufra), por meio do projeto Carroceiro, em parceria com a Divisão Especializada em Meio-Ambiente (Dema) da Polícia Civil, consiste em levar assistência para carroceiros e equinos.

    Durante a ação, os carroceiros e tutores dos animais serão orientados sobre o bem-estar animal, sobre zoonoses (doenças transmitidas por animais) e legislação ambiental. Os animais usados como tração receberão assistência médica veterinária, visando a conscientização das pessoas quanto ao combate dos maus-tratos.

    De acordo com Dema, casos de maus tratos contra animais que puxam carroças ainda são comuns no estado. Muitas vezes, esses animais trabalham até não suportar.

    Segundo o investigador Everaldo, a polícia recebe de duas a três denúncias todos os dias. "As pessoas podem fazer a denúncia. No caso de equino, acionamos um médico veterinário da Ufra e junto com equipe policial se deslocam para local", explica o investigador.

    Em 2012, o coordenador do Projeto Carroceiro da Ufra, Djaci Barbosa, afirmou ao G1 que existem cerca de 3 mil animais que trabalham em carroças em Belém e diz que a maioria dos tutores não tem interesse em levar o animal para ser tratado na universidade. “Na maioria das vezes atendemos animais apreendidos por meio de denúncia ou abandonados. Eles sofrem ferimentos por acidentes de trânsito, por sobrecarga de peso, ou por já estarem trabalhando há muito tempo”, explica o professor.

    Na época, o diretor de transportes da Companhia de Transportes de Belém (CTBel) afirmou que chamaria servidores aprovados no concurso para trabalhar na fiscalização.

    O professor ressalta que existe a Lei Municipal 8163 de 2003, que regulamenta a situação do animal dentro da grande Belém, mas conta que a lei não é cumprida porque falta infraestrutura do município para fiscalizar. “Os carroceiros estão a vontade, maltratam e chegam a matar os animais”, afirma o professor Djaci.

    A Ação do Cavalo de Tração é resultado da parceria entre a Polícia Civil, por meio da Dema; do Projeto Carroceiro da Ufra; do Regimento de Policiamento Montado (RPMon), da Polícia Militar do Pará; do Juizado Especial Criminal de Meio-Ambiente (Jecrim); da Secretaria Municipal de Meio-Ambiente (Semma), da Prefeitura de Ananindeua, e da Associação de Moradores do Conjunto Júlia Seffer.

    Nota da Redação: Animais não são nossos escravos para serem forçados a trabalhar como tração. Uma medida realmente benéfica aos animais seria proibir seu uso como tração, e não regulament á -lo. Pois enquanto forem tidos como meios para fins humanos, serão tratados como objetos e estarão sujeitos a todo tipo de abuso.

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