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19 de Abril de 2024

Atriz e apresentadora podem responder por furto em caso de cães resgatados

A apresentadora Luisa Mell e a atriz Nicole Puzzi poderão ser indiciadas por furto qualificado. As duas são protetoras de animais e estavam presentes quando ativistas invadiram o Instituto Royal e retiraram de lá 178 cães da raça Beagle, na noite da última quinta-feira (17), em São Roque, no interior de SP. O delegado Marcelo Sampaio Pontes pretende ouvi-las nos próximos dias. "O nome delas foi aventado porque elas são conhecidas. Então, serão chamadas e podem, sim, responder por furto qualificado, se for o caso" completa o delegado.

Luisa Mell se defende afirmando que não ficou com nenhum beagle. "Eu não invadi o canil. Eu realmente entrei junto com a polícia. As pessoas começaram a passar os cachorros, eu realmente peguei, pegaria de novo. [...] Faria mil vezes, só de ver a transformação desses animais, só de ver o que representou para a proteção animal, para a sociedade como um todo."

Nicole Puzzi também se defende e diz que não ficou com qualquer cão retirado do instituto. "Se for pelos cães, eu respondo pelo que ele [delegado] quiser, mas ele tem que indiciar todo mundo que estava lá. [...] Se eu tiver que ir para a cadeia por furto qualificado, eu irei feliz, porque valeu a pena pelos beagles."

Assim como Luisa Mell, a atriz diz que não participou da invasão, apenas da remoção dos animais. "Eu não tenho força para abrir um portão na porrada, para quebrar portas e janelas. Mas eu tive força para carregar os beagles sim. Eu passei de mão em mão."

O delegado analisa as redes sociais e imagens registradas pela imprensa durante a retirada dos cães para identificar os ativistas que participaram da ação e chamá-los para prestar depoimento. Ele também quer ouvir o que eles sabem sobre os supostos maus-tratos sofridos pelos animais.

O motivo da invasão do Instituto Royal foi, segundo os ativistas, a ausência de explicações da empresa sobre testes farmacêuticos que eram realizados nos cães. A polícia ainda aguarda a lista de clientes do laboratório para saber se pesquisas de cosméticos também eram feitas.

A Polícia Civil investiga o furto dos animais e também as denúncias de ativistas de que eles eram submetidos a maus-tratos dentro do laboratório. O Instituto Royal nega as acusações e afirma que todos os estudos eram feitos amparados na legislação vigente.

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Algo me intriga, quando se quer coibir um cidadão lhe demonstre a força e o poder do Estado, contudo quando este cidadão se vê diante de uma atrocidade, ou uma afronta ao próprio Estado este cidadão é surpreendido com o desfecho nos moldes do mensalão e tem que se curva a ascensão arrogante e prepotente do PT. De plano este comentário não parece ter coerência com o caso aqui relatado. Contudo comungo da seguinte premissa: Quando se quer dissipar um idéia, um movimento, dê ao Estado meios para que este faça a persecução dos idealizadores e fomentadores, pois no fim se terá a "ordem" estabelecida e ficará o impasse justiça se combate com justiça, pois no fim tudo pode se o Poder estiver do seu lado e os interesses forem comuns. Assim o "furto" dos cães não é legitimo, contudo sacrifica-los em beneficio de um laboratório que no final colocará esta descoberta para a população de forma que se possa obter lucros exorbitantes é legitimo. Maquiavél foi e é brilhante. continuar lendo

O instituto Royal fazia experiências ilegais, assistam o vídeo do link abaixo.
http://www.youtube.com/watch?v=m0c3s6CpZJY
,. continuar lendo

Deixemos o senso comum e analisemos os fatos pela ótica do Estado Democrático de Direito. A legislação brasileira proíbe o instituto da autotutela, ou seja, justiça pelas próprias mãos. Simples assim. O artigo 345 do código penal é taxativo: “Fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite - Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência.” Independentemente do que acontecia no Instituto Royal, o procedimento deveria ser a denuncia para que o Ministério Público ou mesmo a Policia tomasse as devidas providencias. Se aceitarmos tal procedimento poderemos abrir um perigosíssimo precedente. Isto sem falar nos danos materiais para os quais cabe reparação através de indenização. Se as pessoas providas de razoável conhecimento da lei não as respeitam e se sentem no direito de fazer sua justiça particular, o que esperar ou exigir dos demais mortais? Viveremos no “estado de beligerância” concebido por Thomas Hobbes. continuar lendo

Concordo, infelizmente muitas pessoas tem usado o caso dos políticos, para justificar os atos dos ativistas. Porém, os atos de outras pessoas, não podem nem devem justificar os nossos. Apesar da bondade que eles fizeram, eles se passaram como criminosos e vão responder isso na justiça. Já no caso da Royal, se ela realmente for culpada, passará como a inocente, que foi invadida por bárbaros que arrombaram, destruíram e roubaram seu patrimônio. continuar lendo

Concordo plenamente com os que comentam que a Justiça (embora ainda lenta e engatinhando neste país) ainda é o meio apropriado para se reivindicar direitos e fazer denúncias.

As ativistas em questão DEVEM ser severamente punidas por seus atos. Como dizer que não temos Justiça, quando elas recorrem às próprias mãos para fazê-la???

PR, jornalista, advogado continuar lendo

Vão prender os políticos ladrões, alguns que roubaram milhões e milhões e continuam como deputados e senadores, esse país é uma injustiça total, aquele que luta para acabar com o mal como no caso desse instituto que maltratava os pobres animais para pesquisa de cosmético, já não chega os milhares de produtos no mercado ?...e quem é feio não adianta se lambuzar, para produtos farmacêuticos já se utilizam os pobres dos macacos e cobaias (ratos) o que eu acho ridículo, já que os efeitos nocivos de um medicamento geralmente surgem com o tempo longo de uso, e o que faz mal de imediato deve ser previsível sem utilizar seres com vida e dor.
O Ser humano além de matar indiscriminadamente os animais que tem o mesmo direito a vida que nos temos seja para comer, seja para uso em cobaia de laboratório, podiam utilizar assassinos e corruptos para isso. continuar lendo