Polícia Ambiental faz alerta sobre animais silvestres em cativeiro após apreensão em fazenda de delegado
É grande o número de apreensões da Polícia de Meio Ambiente de animais e aves que são mantidos em cativeiro como bichos domésticos na região Centro-Oeste de Minas Gerais. A afirmação é do sargento da Policia Ambiental, Vanderley Rezende. Ele não soube precisar o número exato de ocorrências registradas, mas o problema, segundo ele, é que a prática é crime.
Nesta quarta-feira (15), em Pains, cidade da região, autoridades do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Centro de Triagem de Animais Silvestres de Belo Horizontes, apreenderam vários animais silvestres e procuram um leão após denúncia de maus-tratos. Os animais estavam em uma fazenda de um delegado, que responderá judicialmente.
De acordo com o sargento Vanderley Rezende, a apreensão desses animais acarreta em multas que variam de R$ 500 a R$ 5.000 por animal, além de processo criminal, até prisão que varia de seis meses a um ano. Entretanto, a entrega voluntária isenta os 'tutores' de tais punições. “Esses animais necessitam de um ambiente especial para se manterem saudáveis, não é aconselhável cuidar de um animal silvestre dentro de casa”, explicou.
Destino de animais apreendidos, segundo Polícia Ambiental
1- Libertados em seu habitat natural, após verificação da sua adaptação as condições de vida silvestre.
2- Entregues à jardins zoológicos, fundações ambientalistas ou entidades assemelhadas, desde que fiquem sob a responsabilidade de técnicos habilitados.
3- Na impossibilidade de atendimento imediato das condições previstas nas alíneas anteriores, o órgão ambiental atuante poderá confiar os animais a fiel depositário.
Delegado é suspeito de maus-tratos a um leão
O Ibama e o Centro de Triagem de Animais Silvestres de Belo Horizontes fizeram uma operação nesta quarta-feira (15) em uma fazenda em Pains, que pertence a um delegado da Polícia Civil. No local foram apreendidos animais silvestres. A operação foi realizada após uma denúncia do Ministério Público, de que havia um leão sendo mantido em cativeiro no local.
O 'tutor' não foi encontrado no momento da operação. Mas de acordo com o Ibama, ele responderá judicialmente. “Além das sanções e multas administrativas, que deverão ser na ordem de R$ 20 mil, ele irá responder pelos crimes de atrapalhar a fiscalização ambiental, já que se desfez do leão, e pelo crime de maus-tratos a animais silvestres”, disse o chefe do Ibama em Lavras, no Sul de Minas, Adriano Garcia de Souza.
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